Fui à 2ª maratona de Estarreja Rota do Antuã, com o intuito de fazer os 40km a um ritmo calmo e descontraído, devido à gripe que me atacou esta semana.
A prova/passeio teve inicio às 9h15 e levou-nos por um percurso ao longo do rio Antuã. Após 2km de aquecimento em alcatrão, entrámos em trilhos ao longo do rio, que devido ás chuvas que caíram, estavam muito enlameados, havendo inclusive logo ali um grande engarrafamento de ciclistas.

Até aos 15km o percurso foi o normal em termos de BTT, algumas subidas e os estradões típicos desta zona, rodeados de eucaliptos.
Após os 15km, começou o calvário para a maioria dos betetistas (habituados a uma voltinha de domingo, tal como eu), com uma verdadeira montanha russa de descidas com muita inclinação e piso escorregadio e com rochas, de elevada perigosidade, logo seguidas de verdadeiras paredes, mais próprias para percorrer de jipe ou moto.

Dessas 7 paredes, apenas subi uma em cima da bike, todas as outras eram inciclaveis! Infelizmente numa das descidas perigosas um ciclista teve uma queda violenta, e foi retirado em maca, em cima de uma moto 4!!! As melhoras rápidas para o companheiro acidentado.
Aos 20km passei por um suposto posto de abastecimento de água (devia ter acabado), porque a única coisa que vi foi durante 500 metros garrafas vazias no chao..lamentável!
Aos 23km foi o reforço, mais uma vez a organização não disponibilizou sacos para o lixo, e quanto ao reforço, bananas, laranjas e água não são certamente o substrato energético que estávamos a precisar para enfrentar as paredes que ainda faltavam.
A partir dos 31km, o tipo de trilhos e single tracks foram bastante interessantes, assim como a travessia do rio, mas já não havia forças para discernir e apreciar a paisagem.
No final a lavagem das bikes foi rápida, mas devido a não ter comido mais nada senti-me indisposto e regressei a casa, sem usufruir do almoço.
Resumindo, foi uma maratona que teve alguns pontos positivos, um deles essencial, que é marcação do percurso, estava muito boa, embora tivessem exagerado na colocação das placas a dizer INSULTOS, nas subidas de montanhismo com as bikes às costas que nos proporcionaram. Se calhar uma placa dessas na recta da meta não ficava mal :)).
Outro ponto muito positivo, foi terem gente em todos os cruzamentos, assim como os bombeiros em vários pontos do percurso. De louvar esta preocupação!
Como já escrevi anteriormente, todo o tipo de associação tem o direito de promover a sua terra, e amealhar uns trocos para realizar outros eventos não tão lucrativos como o BTT, mas interrogo-me se uma associação de SAMBA será a organização indicada para fazer uma prova de BTT, com percursos bem delineados e balanceados em termos de esforço e perigosidade?